domingo, 30 de agosto de 2009

Um período que mudou o rumo da história para sempre


Produção bélica em massa, avanços tecnológicos e submissão a ocidentalização. Tais fatores, característicos da Era do Capital (1848-1875), marcaram profundamente o rumo da história, em uma época em que o poder bélico, conjuntamente com a tecnologia e a prosperidade econômica, era fatores que dispunham à nação desenvolvida, a alternativa de explorar uniões e civilizações fracas e suscetíveis a exploração econômica. Ato mais conhecido como Imperialismo Neo Colonialista do século XIX.
Dentre as nações que não se empenharam a adotar rapidamente a economia capitalista em meados do século XIX, não participaram da corrida Neo-Colonial. Inglaterra, Holanda e França, que tinham um setor secundário forte, com um dinamismo econômico em crescimento, o qual mercadorias possuíam demanda enriquecendo o liberal independente, dispuseram de diversas alternativas de aumentar o seu comércio e iniciar a "expansão e dominação das nações que não conheciam a civilização e o bem- estar social capitalista".
Tais uniões e continentes eram nada menos do que a tribal África e a região Asiática, países que ainda possuíam uma economia basicamente agrária, atrasada e com pouca importância econômica mundial. Para os europeus, a desculpa formal era de que "o não-branco devia conhecer a civilização e sair do estágio tribal". Tal ocasião pode ser mais bem explicada pelas palavras de J.W. Kaye :" o mundo de deus não dá autoridade para a moderna ternura pela vida humana. é necessário que em todas as terras orientais se estabeleça o medo e o terror ao governo. então, e apenas então, seus benefícios seção apreciados."
Tal ideologia de supremacia da civilização branca sobre a não-branca era o forte no período em questão: O Positivismo de Comte e Durkheim propunham a sociedade perfeita, onde o mais forte deveria prevalecer sobre o mais fraco, onde a sociedade funcionava como um organismo biológico. O Darwinismo social contribuiu para tais questões, a certo ponto que questões nacionalistas começaram a surgir e intercalar tais ideologias, surgindo numa nova ideologia política de extrema-direita, contra a esquerda utópica, o não-europeu ou não-nacional, xenofobia, anti-semitismo e culto ao líder. Tais ideologias foram usurpadas ao longo do século XX pelo Fascismo e Nazismo.
Evidente que a parte ideológica não seria a força motriz que levaria tais nações a explorar o oriente a custo de nada, mas sim para aumentar o mercado consumidor , criação de novos mercados e dominação econômica do setor primário. Dentre esses exemplos, houve os perdedores e os vencedores. Entre os primeiros deixaremos de lado o continente Africano e exemplificaremos a questão da Índia.
O País milenar em meados do século XIX era essencialmente agrário, com um setor secundário e industrial praticamente inexistente. Uma sociedade de castas, segregando os pobres dos ricos, onde a verticalização era notável. Para o Reino Unido, não fora complicado explorar o país com ameaças militares de intervenção. Com a invasão dos britânicos, o país praticamente viu-se subordinado à economia britânica em poucos anos. A Pobreza e a fome em diversas regiões aumentou drasticamente, estando a produção têxtil, força produtiva do país inteiro, subordinado aos ingleses. Somente em 1947, um homem, sem levantar uma arma se quer, conseguiu independênica do país. Seu nome era Ghandi. Além mar, Egito, China e a antiga Indochina não escaparam do Imperialismo.
Resultado da "perfeição ideológica" do branco sobre o não branco. Famintos hindus de Madras (Séc XIX)
Tais uniões sofreram uma dependência econômica brutal dos ocidentais devido a exploração dos mesmos e pelo desconhecimento de cobranças de taxas de juros por empréstimos. No final do século XIX, tais nações viram-se obrigadas a adotar o Industrialismo como forma de arrebatar suas dívidas externas , assim como adotar partes da cultura européia no dia-a-dia. Era adotar ou adotar.
entre os vencedores, destacaremos dois Exemplos: Japão e EUA.
O País nipônico é praticamente a exceção da Asia. A nação japonesa era inteiramente feudal até o século XIX, fechada ao mundo externo e detinha uma cultura preservada e intocada a séculos. Porém, tal situação mudou com a ameaça norte-americana de bombardear os portos japoneses caso o país não abrisse sua economia. A ocasião defrontou-se com uma crise política no país, a qual debateu-se que rumo o país deveria tomar quanto a sua parte socio-econômica. O Imperador decidira que a Indústria deveria ser estabelecida, destituindo-se as relações feudais e o Shogunato. O Sucesso japonês quanto a prosperidade econômica deu-se inteiramente a disciplina e cultura japonesa de obediência , paciência quanto ao trabalho. O Imperador, portanto, era visto como uma verdadeira entidade mítica, que trouxe maior prosperidade ao país. Os EUA de certa forma teve o que chamamos de "exemplo do progresso capitalista". Em 1776 foi o primeiro ´país do mundo a adotar um regime republicano aos moldes iluministas. Adotou a política de livre comércio, onde o indíviduo , com seu trabalho, poderia chegar onde quisesse. Acabara de sair, em 1860 de uma guerra civil, a qual trouxe a vitória do Norte Industrial sobre o Sul escravista. A prosperidade do país possibilitou a expansão territorial e a busca de novos mercados na Ásia, a qual iniciou pelo Japão. De certa maneira, os EUA adotaram a proliferação da "democracia pelo mundo" nesse período, tendo maior ênfase em 1930, e 1950-2008. (Guerra Fria, exploração do Oriente Médio).Dentre vencedores e perdedores, algo de podre surgia em fins do século XIX que ocasionou um dos piores conflitos bélicos existentes para a época. 80% da Terra estava dominada pelos ocidentais e cada vez mais, países corriam para aumentar sua produtividade Industrial e, consequentemente, seu arsenal bélico. Questões nacionalistas, como a Unificação da Itália, Alemanha e Península Balcânia insurgiam , estando a ultima a ponto de querer declarar guerra as potências européias caso os países eslvaos não conseguissem independência teritorial do julgo Austríaco*. em 1914, o arquiduque Ferdinando fora morto em plena rua na Sérvia. Tal assassinato fora o estopim para que países de toda a Europa se confrontassem em um jogo de alianças estabelecidos no século XIX, começava algo jamais vista, a guerra total, a 1ª guerra mundial.
*( A Austria detinha domínios no sul da Itália e praticamente parte da península balcânica. Tais regiões estabelecidas no Congresso de Viena em 1815, após a restituição de terras perdidas na Era Napoleônica)

(Roberto Carnier)

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