domingo, 6 de setembro de 2009

situação do negro hoje


Mais de um século se passou desde a abolição da escravatura, e ainda hoje se fazem necessárias políticas especiais de apoio e inclusão do negro no Brasil. Tais políticas funcionam também como um agente reparador dos danos causados ao longo de tantos anos de preconceito e discriminação.
A mobilização contra o racismo sempre partiu da população negra, que desde os quilombos se organiza em associações e luta por direitos culturais, econômicos e sociais há muito tempo violados.
Agora, esses movimentos têm uma representação no governo. Desde 2003 existe um ministério responsável por articular e implementar projetos que promovam a proteção e igualdade de grupos raciais e étnicos atingidos por discriminação, com ênfase na população negra. É a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), cujos projetos incluem parcerias com ongs e empresas privadas para a execução de diversos projetos e diversos ministérios e têm suas políticas próprias.
Porém, ainda que existam leis e movimentos sérios de luta pela igualdade racial, o preconceito é uma postura difícil de ser vencida. Ainda assim, esperar que a situação se modifique sem nenhuma política de inclusão é ignorar o problema.
Relatório do IBGE de 2006 mostra que: a população declaradamente preta e parda tem menos escolaridade e um rendimento médio equivalente à metade do recebido pela população branca, na média das seis regiões metropolitanas investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Já a taxa de desocupação dos pretos e pardos (11,8%) é superior à dos brancos (8,6%).
Em setembro de 2006, a população declaradamente preta ou parda representava 42,8% das 39,8 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade nas seis regiões metropolitanas investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre). A PME segue o sistema de classificação de cor ou raça adotado pelas pesquisas domiciliares do IBGE, no qual o informante escolhe uma entre cinco opções: branca, preta, parda, amarela ou indígena.
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=737

O negro no Brasil através da História

O tráfico
Os primeiros negros chegaram ao Brasil em 1580, para servir aos donos das grandes fazendas de cana-de-açúcar, que não conseguiram escravizar os índios que aqui viviam.
A sociedade colonial não admitia o trabalho senão à custa do cativo. Riqueza e status se definiam pelo número de escravos que um senhor possuía.
 Por não os considerarem seres humanos, os brancos nunca se preocuparam em registrar corretamente a procedência dos negros que chegaram ao Brasil. Muito pelo contrário, costumavam dar o mesmo nome aos povos de origens e culturas diferentes.
Além disso, as estatísticas sobre os escravos foram destruídas após a abolição. Porém os historiadores afirmam que variou entre 3 e 18 milhões a quantidade de negros escravizados no país.


Procedência
Os povos africanos expatriados para o Brasil provinham de três grandes grupos: sudaneses, bantos e maometanos.
Os bantos, originários do Sul da África, tiveram como destino os estados do Maranhão, Pernambuco e Rio de Janeiro, de onde migraram em pequenos grupos para Alagoas, Pará, Minas Gerais e São Paulo. Deve-se a eles a entrada no Brasil das festas do boi, de louvor a São Benedito, da capoeira, do samba, do batuque e de alguns instrumentos musicais, como o berimbau.
Os sudaneses, provenientes do Golfo da Guiné, na África Ocidental, foram introduzidos no estado da Bahia, para trabalhar na lavoura e incorporaram o candomblé à nossa cultura.
Os negros maometanos, também conhecidos como Malês, nos trouxeram o islamismo. Eles foram exterminados no começo do século XIX porque, por serem alfabetizados, costumavam liderar todas as revoltas de escravos, sendo massacrados pelos senhores da velha cidade da Bahia. Ficaram conhecidos como grandes feiticeiros, deixando incorporada a palavra "mandinga" à língua portuguesa. Deve-se também a eles o hábito de os negros usarem amuletos e escapulários com orações milagrosas para fechar o corpo contra os perigos, inclusive mordidas de cobra e tiros.
O negro no Brasil
Os negros eram tirados de sua terra e trazidos ao Brasil amontoados em grandes embarcações, os navios negreiros, com péssimas condições de higiene e pouca alimentação. As viagens duravam entre três e quatro meses e muitos não conseguiam sobreviver às adversidades.
Mercado de escravos - Debret Mercado de escravos
Ao chegar, eram vendidos como escravos aos seus senhores que os acomodavam em senzalas, nas fazendas de engenho, onde trabalhavam cerca de quatorze horas por dia e, muitas vezes, recebiam apenas uma refeição composta de feijão, milho e farinha de mandioca.
O trabalho escravo
Por resistirem à dominação dos brancos, os negros eram ainda mais maltratados - apanhavam de chicotes e eram amarrados a troncos. Sem esperanças de ganhar uma carta de alforria, que lhes daria a liberdade, muitos se suicidavam ou fugiam, indo para o sertão, onde se organizavam em Quilombos.
Castigos
Dois séculos após sua chegada ao Brasil, surgiu o movimento abolicionista no país, liderado por José do Patrocínio, que defendia o fim do trabalho escravo. A partir de 1850, a idéia de libertação dos escravos ganhou força, mas a escravidão só acabou no país em 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea.
A população negra deixou de ser dominada, mas nem por isso foi integrada e aceita pela sociedade da época. Ainda hoje, apesar de os negros terem conquistado seus direitos de cidadãos, eles continuam a ter condições de vida inferiores às dos brancos.
Castigos domésticos. Rugendas, BMSP
Feitores castigando negros. Jean-Baptiste Debret

Quilombo dos Palmares e Zumbi
 quilombos representaram a principal forma de resistência negra durante a escravidão e o maior deles, o Quilombo dos Palmares, localizava-se no atual município de União dos Palmares, no estado de Alagoas, na época era uma região de difícil acesso.
Quilombo dos Palmares Como Palmares representava a liberdade, tornou-se o símbolo de luta e esperança. As fugas de escravos passaram a ser mais freqüentes em diversas regiões, já que todos queriam chegar a Palmares que chegou a reunir uma população de cerca de 20 mil pessoas.
O Quilombo dos Palmares durou cerca de um século, de 1590 até 1694 e, nos seus quase 100 anos de existência sempre conviveu com a violência, sofrendo constantes tentativas de invasão.
Na segunda metade do século XVII, as autoridades locais e os governos, Geral e da capitania de Pernambuco, aumentaram o número de expedições militares contra Palmares. Como não conseguiam pôr fim ao Quilombo, foram obrigados a negociar com os rebeldes.
 Zumbi Houve tentativas de acordo entre o governador da capitania de Pernambuco e o rei de Palmares, então Ganga-Zumba. O governador exigia a pacificação através da baixa de defesas do Quilombo.
O acordo dividiu opiniões entre os quilombolas. Ganga-Zumba admitia a necessidade do acordo, enquanto outro líder negro, Zumbi, defendia a continuidade da resistência negra ao governo dos brancos.
Após várias tentativas de aniquilamento do Quilombo, o governo acabou recorrendo ao experiente sertanista das bandeiras, Domingos Jorge Velho, oferecendo-lhe armas, mantimentos e ainda concedendo-lhe o direito à terras e dinheiro pelo resgate dos escravos aos senhores. Assim, é empreendida a jornada que resultou na Guerra de Palmares, que destruiu a fortificação em 1695.
Até hoje, a morte de Zumbi é cercada por uma lenda. O rei de Palmares teria se atirado de um penhasco, juntamente com seus seguidores, proferindo um último grito de liberdade.
Na verdade, Zumbi foi assassinado à traição, no ano de 1695, por um branco de sua confiança, sendo sua cabeça espetada em um pau e exposta ''no lugar mais público'' do Recife. O governador de Pernambuco na época, Caetano de Melo e Castro, desejava mostrar que o herói negro Zumbi não era imortal como pensavam os aquilombados.
SAIBA MAIS
Hoje, a Serra da Barriga é uma área que recebe turistas, que buscam conhecer um pouco mais da história do Quilombo dos Palmares.
Dois séculos depois da introdução do negro no Brasil, surgiu o movimento abolicionista no país, liderado por José do Patrocínio, que defendia o fim do trabalho escravo. A partir de 1850, a idéia de libertação dos escravos ganhou força e leis foram feitas para conferir liberdade a escravos em determinadas condições. Entretanto, a escravidão só acabou no país em 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea.
(conexaosesi)

Africa: berço da humanidade II


http://orixas.com.br/afrodesc/index.php?option=com_content&task=view&id=12&Itemid=58

Africa: o berço da humanidade

ÁFRICA : o Continente Esquecido
O continente africano localiza-se a leste da América do Sul e ao sul da Europa. É o terceiro maior continente da Terra, com 30.330.000 de km2.
Localização da África.
Fonte: Wikipedia
Antes da ocupação dos europeus, a África era habitada por povos com diferentes formas de organização política e social.
Os primeiros europeus que chegaram à África foram os portugueses e sua primeira expedição levou escravos para a Europa, em 1441. Apesar de não ter como objetivo principal a captura de escravos, capturou 10 negros africanos.
A partir daí a exploração do continente africano foi uma constante através da história. Durante séculos, a população africana foi capturada, forçada a deixar sua terra e submetida à escravidão. Após a abolição da escravatura nos diversos países do Ocidente, a África passou por outro fenômeno, igualmente perverso: o imperialismo.
No século XIX, a Europa passou pela Segunda Revolução Industrial. Seguindo o exemplo da Inglaterra, que havia feito a Revolução Industrial no século XVIII, diversos países da Europa modificam sua estrutura produtiva, trocando o trabalho artesanal pelo manufaturado. Mas a industrialização requeria investimentos, além de matéria prima e mão de obra. À medida que Itália, Alemanha, França, Portugal, Espanha e os demais países se industrializam, esses recursos são cada vez mais escassos. Assim, buscando uma saída para este impasse, a Europa volta-se para os países da Ásia e da África, iniciando a chamada corrida imperialista.
O imperialismo ou neo-colonialismo pode ser caracterizado como o domínio que alguns países europeus, mais desenvolvidos, exerceram sobre os países asiáticos e africanos que ainda não haviam iniciado o processo industrial. O resultado do imperialismo foi desastroso. Para a Europa, mergulhou o continente na Primeira Guerra Mundial, já que em pouco tempo, o mundo ficou pequeno para a expansão industrial. Para as novas colônias, o imperialismo aumentou o subdesenvolvimento, gerou diversas revoltas internas e pode ser considerado um importante fator para entendermos a pobreza e miséria em que o continente africano permanece.
A descolonização da África realizou-se no século XX, mas os países capitalistas não abandonaram a exploração do continente, rico em minério e recursos. Além de estar submetida economicamente, a África possui diversas etnias, idiomas e interesses diferenciados, o que torna difícil pensar em uma unidade. Desde a descolonização, a instabilidade política nos países africanos é constante, assim como os conflitos civis e as longas ditaduras. Fraudes eleitorais como a ocorrida em 2008 no Zimbábue e massacres étnicos como o de Ruanda, em 1994, não são, infelizmente, fatos isolados. Ao contrário, fazem parte constante da história de um continente que o mundo insiste em ignorar. A parte mais pobre do planeta, a África Subsaariana concentra o maior número de infectados pelo vírus da AIDS, além de 90% dos casos de malária no mundo. Apesar das atenções voltadas para o continente africano nos últimos dez anos, ainda não existem políticas internacionais sistemáticas de apoio ao continente, apesar dos esforços de órgãos como a Unesco. Os conflitos civis geram um enorme número de refugiados que atravessa as fronteiras fugindo da guerra.
Em meio a esse panorama desolador, surge o exemplo benéfico do desenvolvimento da África do Sul. Este país, que durante boa parte de sua história esteve sob o regime do Apartheid, que segregava brancos e negros, conseguiu tornar-se um dos países com o maior desenvolvimento no continente africano. A experiência sul-africana mostra que há soluções possíveis para os problemas continentais e que a África pode desenvolver-se e livrar-se da exploração a que foi sempre submetida.
(conexaosesi)

Escravidao hoje

http://www.brasilescola.com/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm

Pluralidade Cultural


http://www.crmariocovas.sp.gov.br/plu_l.php?t=001

Guerra: vida x poder

http://gguerras.wordpress.com/2007/09/07/guerras-medicas/

Brasil e o mercantilismo


http://www.culturabrasil.org/brasilcolonia.htm

Mapas: como me localizar??

http://www.historia.uff.br/nec/mapas.html
http://www.grandesguerras.com.br/artigos/text01.php?art_id=147

Transiçaõ do Feudalismo para o Capitalismo

http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/transicao-feudalismo-para-capitalismo

Estudar e comemorar depois.........

http://www.passei.com.br/

Feudalismo


http://www.mundovestibular.com.br/articles/4435/1/A-BAIXA-IDADE-MEDIA/Paacutegina1.html

História: Questões discurssivas


anitaleocadia.blogspot.com/2008/03/questes-discursivas-de-histria.html

domingo, 30 de agosto de 2009

Segunda Guerra Mundial

Reação ao Tratado de Versalhes.
Ascensão dos regimes fascistas.
Formação dos Países do Eixo: Alemanha, Itália, Japão.
Situações remanescentes da 1ª Guerra.
Estopim: Alemanha invade a Polônia (01/09/1939)
1941: Japão ataca Pearl Harbor: EUA na guerra.
Maio de 1945: rendição alemã: fim da guerra na Europa.
Setembro de 1945: rendição japonesa: fim efetivo.
Plano Marshal
Otan
Pacto de Varsóvia
Corrida armamentista e espacial
Mundo bi-polar

2ª Guerra Mundial

Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.


O Início
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados ( liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos ) e Eixo ( Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:
*O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
* Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
* De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
* O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália ( região de Monte Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Final e Conseqüências
Este importante e triste conflito terminaram somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
http://www.suapesquisa.com/

Os regimes Totalitarios: Fascismo e Nazismo


CRISE DAS DEMOCRACIAS
Dificuldades económicas do pós-guerra:- desemprego;- degradação das condições de vida;- agitação social (greves, manifestações, ocupação de terras e fábricas)
1929 – quando começavam a recuperar foram atingidos pela crise americana.
Triunfo da revolução Socialista na Rússia.Assustou muita gente que começou a apoiar ideologias de extrema-direita
Triunfo de movimentos políticos que defendiam soluções ditatoriais.

PRINCÍPIOS IDEOLÓGICOS DO FASCISMO
Totalitarismo: Estado forte e disciplinado acima do indivíduo
(desprezavam-se os direitosindividuais)
Anti-Parlamentarismo: existência de um partido único de onde saíam os dirigentes políticos;
Corporativismo: união de patrões e empregados em corporações ou grémios com o objectivo de evitar a luta de classes e resolver os problemas segundo o
“interesse do estado”
Culto da Personalidade ou Culto do Chefe: o chefe do País concentrava todos os poderes; era considerado salvador da pátria e todos os seus actos eram aprovados incondicionalmente.
Nacionalismo: exaltação das glórias do passado; a nação era o valor mais importante a preservar. Nacionalismo económico: posição intervencionista e dirigista da economia para conseguir a autosuficiência do país.
Imperialismo: necessidade de alargar o seu espaço territorial.
Os sistemas fascistas são, profundamente, anti-comunistas; utilizavam a violência e a repressão para imporem as suas ideias e usavam a propaganda, a educação da juventude e a cultura como meios dedifusão das suas ideias.


A CONSOLIDAÇÃO DO FASCISMO EM ITÁLIA - CRISE ECONÓMICA, SOCIAL E POLÍTICA - Após a 1ª Guerra Mundial
ITÁLIA - Crise Económica
· Subida dos preços;
· Aumento do desemprego (Desmobilização de 2 milhões de militares).

AGITAÇÃO SOCIAL :
. tumultos
. greves
. manifestações
. ocupação de fábricas e propriedades agrícolas.

DESCRÉDITO DOS GOVERNOS DEMOCRÁTICOS
FASCISMO - Necessidade de ordem e autoridade e doultranacionalismo (antigos combatentes da 1ª Guerra Mundial).
ITÁLIA - TRAÍDA PELOS SEUS ALIADOS - NO TRATADO DE VERSALHES - NÃO VIU REALIZADAS AS SUAS "VASTAS AMBIÇÕES NACIONAIS" - O ALARGAMENTO DOS SEUS TERRITÓRIOS
MILÃO - BENITO MUSSOLINI
FASCIO MILANÊS DE COMBATE
- Grupo armado que queria impor um programa de reformas sociais:
· emprego
· melhores condições de vida
· conquistas territoriais.

ELIMINAR OS PARTIDOS DEMOCRÁTICOS , OS SINDICATOS, O PARTIDO COMUNISTA
.Responsáveis por todos os males que afectavam o país.

MUSSOLINI CONQUISTA O PODER- Nas eleições de 1921 conseguiu 35 lugares no Parlamento (em 520)Continuou a usar a violência e acções de intimidação (ameaças).- Em Outubro de 1922 – organizou a «Marcha sobre Roma»Milhares de fascistas reuniram-se entre Bolonha e Roma, preparando-se para avançar sobre a capital.
- O rei de Itália, Vítor Emanuel III não ofereceu resistência e, para evitar uma guerra civil, pediu a Mussolini para formar governo.- Em 1924, Mussolini e o seu Partido ganharam com maioria absoluta as eleições (conseguiram + de 65% dos lugares no Parlamento), com recurso à violência das milícias armadas (“Camisas Negras”) e à propaganda nos media e nas manifestações de rua.

PODER ABSOLUTO – TORNOU-SE O «DUCE» ("Guia")
- Eliminou os outros partidos políticos- Apoderou-se de todos os poderes (legislativo e executivo)- Tornou-se Chefe do Exército- Aboliu a liberdade de imprensa- Aboliu a liberdade sindical- Criou a Juventude Fascista- Criou a polícia política OVRA (Organização de Vigilância para a Repressão doAntifascismo).

- Utilizou a escola, os professores e os manuais escolares para incutir nascrianças os princípios fascistas.
No plano económico: - programa de grandes obras públicas- «Batalha do Trigo» - campanha para aumentar a produção de cereais.

O TOTALITARISMO HITLERIANO NA ALEMANHA
República de Weimar (1919) – Após a 1ª Guerra Mundial foi instaurada na Alemanha uma pública, de carácter democrático. Contudo, teve sérias dificuldades:
Teve de aceitar as condições do Tratado de Versalhes,:
- responsabilizava a Alemanha pela guerra
- obrigava a Alemanha a pagar pesadas indemnizaçõeso que provocou grande descontentamento na população.
- A crise económica (inflação e desvalorização da moeda) era profunda e persistente, provocando instabilidade política e social.
- A crise agravou-se com a ocupação da região de Ruhr pelos franceses como forma de pressão para obrigar ao pagamento das indemnizações.
Em 1924 começa a registar-se uma ligeira recuperação, graças à criação de um novo marco e ao afluxo de investimentos externos.
Mas, a crise de 1929 vai afectar fortemente a Alemanha.
Registam-se novas falências que fizeram aumentar o desemprego e a miséria.
Miséria na Alemanha.
Crianças pobres nas ruas de Berlim, nos anos a seguir à Grande Guerra.
A grave crise económica, social e política levaram os alemães a apoiarem os extremistas – Comunistas e nazis
HITLER NO PODER
Adolf Hitler, chefe de um pequeno partido de extrema-direita – Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães – fundado em 1919, tentou tomar o poder no Estado da Baviera (1923) mas foi preso.
Na prisão escreveu parte do seu livro Mein Kampf (A minha luta).
Crescimento do Partido Nazi
Apoios:
- grandes industriais (assustados com o crescimento do partido comunista)
- desempregados;
- parte da burguesia.
Meios:
- propaganda – nos jornais, na rádio e em manifestações e comícios.
- recurso à força e à violência através das milícias armadas (Secções de Assalto -SA e Secções de Segurança – SS).
- carisma do chefe;
A rápida ascensão de Hitler ao poder:
1933 – O Partido Nazi obteve a maioria no Parlamento;
1933 – Hitler foi nomeado Chanceler – (primeiro-ministro);
1934 – Após a morte do presidente Hindenburg, Hitler realizou um plebiscito (consulta feita à população e expressa em voto sobre a sua confiança ou não, num governo ou na sua conduta política) para auscultar o povo alemão sobre a união dos poderes. Votaram a favor 88% dos alemães.
- Hitler ficou como senhor absoluto (Fuhrer). Iniciava-se o III Reich (III Império).
Doutrina Nazi:
Defendiam os seguintes princípios:
- Racismo – distinção entre raças superiores e inferiores. Consideravam a raça ariana (povo indoeuropeu) raça superior e todas as outras inferiores.
- Anti-semitismo – ódio aos judeus. Sistematicamente perseguidos começaram a ser exterminados a partir de 1941. (Genocídio – eliminação sistemática de um povo, raça ou tribo.)
- Totalitarismo – suspendeu o Parlamento, o Partido Nazi tornou-se o partido do Estado; passou a controlar todos os órgãos de poder; tornou-se Chefe absoluto.
Suportes do Nazismo:
Organizações de intimidação que prendiam e assassinavam os opositores ao regime:
- S.A. – Secções de Assalto – milícias conhecidas como camisas castanhas;
- S.S. – Secções de Segurança;
- Gestapo – polícia política dirigida por Himmler.

Educação da Juventude:
- Juventude Hitleriana – a que os jovens tinham que pertencer. - Censura
- Ministério da Propaganda (difusão da ideologia nazi);
Política Econômica:
- Protecção da indústria alemã;
- Investimentos estatais;
- Frente de Trabalho: trabalhadores e patrões. Os trabalhadores estavam proibidos de fazer greves.
- diminuição do desemprego;
- Resultados: - aumento da produção- melhoria das condições de vida dos trabalhadores ;
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Regimes Totalitários

Ditaduras violentas, que encontraram forças na Crise Capitalista de 1929 para crescer.
Suas principais características são:
- anti-comunista
- antiliberal
- totalitário (Estado Total)
- militarista
- conservador
- nacionalista
- racista


PRINCIPAIS REGIMES
- Fascismo: criado por Benito Mussolini, na Itália.
- Nazismo : criado por Adolf Hitler, na Alemanha.
- Franquismo: criado pelo General Franco, na Espanha.
- Salazarismo: criado por Oliveira Salazar, em Portugal.

Mecanismos da crise de 1929


Crise de superprodução, iniciando pelos EUA.

REPERCUSSÕES:
- Nos EUA, desemprego, fome, inflação, queda da bolsa de valores de Nova York.
- Na América Latina, interrupção das exportações.
- No Brasil, grave crise no setor cafeeiro.
- Na Europa, comprometimento da política e economia.
- Abriu espaço para o crescimento dos Regimes Nazi-Fascistas.

A crise de 1929


Depois da 1ª Guerra Mundial, os EUA tornaram-se o país mais rico do mundo. Tudo o que se possa imaginar era produzido pela indústria norte-americana;
· O consumo era alto. Novas fábricas e investimentos.
· Era o American Way of Life (modo de vida americano)- Casas bacanas- Carros- Móveis e eletrodomésticos- Crianças na escola

OS LOUCOS ANOS 20
A década de 20, para quem era da classe média ou burguês, nas grandes cidades americanas ficou conhecida como a decada da farra.
Consumo – diversão – música (rádio, toca-discos) – cinema – cassinos.· Lei Seca e gângsteres·
O novo papel da mulher e as mudanças nos costumes;

O CRACK DA BOLSA
Entenda como funciona a bolsa de valores lendo a página 115 do livro Nova História Crítica, de M. Schimidt .
Crise Mundial – quinta-feira, 24 de outubro de 1929.
· A pior crise da história do capitalismo· “Os valores das empresas despencam”· Fábricas e bancos vão a falência· Desemprego·

A CRISE NOS EUA ESTAVA INSTALADA
· A economia já era globalizada e os EUA importavam muitos produtos da Europa e também do Japão. Com a crise e a falta de pagamentos aos credores,acontece uma quebradeira em grande escala mundial. O mundo inteiro foi atingido pelo Crack.· Por 10 anos, a Grande Depressão empobreceu o planeta.SUPERPRODUÇÃOPara entender os motivos da crise, consulte as páginas 118 e 119 do mesmo livro.Neste item (Superprodução) você vai entender as regras estabelecidas no mercado americano (livre mercado).· Capitalismo / Lucro / Competição = Livre mercado· Não havia um planejamento para estabelecer uym crescimento seguro e a economia, aos poucos, vai se tornando caótica.· Surge uma cadeia de decadência:- Empresas produzem em excesso - o comércio não vende -funcionários são demitidos e sem salários não podem consumir. As empresas não pagam fornecedores e isso acarreta uma quebradeira geral.


INTERVENÇÃO DO ESTADO
New Deal (Novo tratamento)Para superar a crise que já durava 10 anos, o governo americano teve que intervir na economia (Roosevelt-1923), tomando algumas medidas que também foi adotado por outros países que se encontravam em crise.· Planejar e vigiar a economia· Criar obras públicas, como escolas, estradas, portos, usinas, etc). Essas ,medidas criariam empregos públicos e com empregos garantidos, os trabalhadores poderiam voltar a consumir e as empresar voltariam a obter lucros· Leis sociais para proteger os trabalhadores·
Era preciso acabar com a superprodução a todo custo. Até alimentos precisaram ser queimados para evitar a baixa dos preços.Os EUA só voltarão a se recuperar economicamente com a 2ª Guerra Mundial.

Algo sobre a 1ª Guerra Mundial


A eclosão da guerra
"As causas fundamentais do conflito podem ser resumidas em três palavras: fear, hunger, pride." - Liddell Hart
Ao visitar Saravejo, capital da Bósnia - região anexada ao Império Austro-Húngaro em 1908 - o príncipe herdeiro Francisco Ferdinando terminou sofrendo um atentado que lhe roubou a vida, juntamente com sua esposa, em 28 de junho de 1914. O autor, foi um estudante nacionalista chamado G. Princip, ligado à organização secreta pan-eslavista denominada "Unidade ou Morte" também conhecida como "Mão Negra", com vínculos na Sérvia: rival dos austríacos na disputa pelo controle da região.
A partir de então, os acontecimentos se precipitaram. Em 6 de julho a Alemanha assegura seu apoio incondicional a sua aliada (política de "carta branca"). Alguns dias depois a França renova seus acordos com a Rússia. Em 23 de julho, a Áustria responsabiliza a Sérvia pelo assassinato do príncipe herdeiro enviando um ultimato infamante que, se aceito, liquidaria com a independência do país. Dada a negativa dos sérvios, os austríacos ordenam a mobilização de suas forças armadas. Foi como se um imenso mecanismo político administrativo-militar fosse posto em movimento e ninguém mais poderia controlá-lo. No prazo de uma semana (de 28 de julho a 3 de agosto) todas as potências se mobilizam e entram em conflito (exceção da Itália). Multidões eufóricas invadem as avenidas, ruas e grandes logradouros, num furor patriótico inaudito. O enfastiamento do mundo burguês, acompanhado pelas tensões internacionais, transformou as declarações de guerra numa espécie de catarse coletiva: como disse um jovem "É preferível a guerra a esta eterna espera".

Os planos da guerra
Há muito tempo os alemães esperavam ter que travar uma guerra em dois frontes: um no Ocidente, contra a França (e remotamente contra a Inglaterra) e outro no Oriente, contra o Império Russo. Seu grande estrategista foi o conde Von Chlieffen, Chefe de Estado-Maior alemão (1891-1908) que se inspirou na batalha de Canas - onde o general cartaginês Anibal massacrou as legiões romanas com uma ampla manobra de envolvimento pela ala direita, em 216 a.C. O PLANO SCHLIEFFEN previa um poderoso ataque sobre o Ocidente, passando pelo território belga atingindo o coração político e econômico da França (...)
A guerra no fronte ocidental 1914-1917
A guerra de movimento: na madrugada do dia 4 de agosto de 1914, cinco poderosos e bem equipados exércitos alemães, totalizando um milhão e meio de soldados, penetraram através do território belga, considerado até então neutro. A poderosa ala direita do exército alemão tinha a função de realizar uma ampla manobra de envolvimento, levando de roldão os exércitos franceses estacionados na fronteira franco-belga. Mesmo sendo obrigado a alterar o plano original, o Gen. Von Molke então chefe do Estado-Maior alemão, via que suas tropas estavam obtendo os resultados esperados. Sua superioridade inicial, porém, começou a ser ameaçada pelo engajamento do exército belga e pela chegada do corpo expedicionário britânico, rapidamente desembarcado na região. Os alemães, que contavam com 80 divisões, teriam que enfrentar 104 das do inimigo. Depois de frustrarem as tentativas ofensivas francesas em Mulhouse e na Lorena, ocuparam toda a região que vai das proximidades de Paris a Verdun. Caíram sob seu controle 80% das minas de carvão, quase todos os recursos siderúrgicos e as grandes fábricas do Noroeste francês.
Um grande erro de comunicações entre as tropas do I (von Kluck) e o II Exército (von Bülow) permitiu que os franceses detivessem o ataque sobre sua capital. O Gen. Gallieni, percebeu a falha dos alemães e solicitou reforços de emergência para o Joffre. Deslocados rapidamente pelas vias férreas, as tropas francesas contra-atacaram na região do Rio Marne, entre os dia 6 e 9 de setembro.
A BATALHA DO MARNE
teve duplo significado, não só salvou a França de uma derrota como alterou as regras da guerra. Todos os Altos Comandos deram-se conta da impossibilidade de se manter a guerra de movimento devido as extraordinárias baixas. Com o fracasso da ofensiva alemã, Molke cedeu seu lugar ao Gen. Von Falkenhayn.

Da guerra de movimento à guerra de trincheiras
Bem poucos generais e políticos haviam se dado conta do mortífero desenvolvimento das armas modernas. Em 1898, um banqueiro de Varsóvia Ivan Bloch - já havia alertado para os terríveis efeitos que as armas de fogo cada vez mais poderosas fariam sobre a infantaria, obrigando esta a refugiar-se em trincheiras ou então estaria sujeita a terríveis massacres. Seu livro "THE FUTURE OF WAR IN ITS TECHNICAL ECONOMIC AND POLITICAL REATION" contemplava a guerra do futuro como enormes sítios em que a fome atuaria como juiz decisivo. O alerta pouco efeito teve sobre os militares e estadistas no período que antecedeu 1914. Pelo contrário, a imensa maioria dos especialistas calculava que o conflito duraria entre 4 a 6 meses no máximo, sendo ridicularizado aquele que predizia durar um ano ou mais. Quando a guerra teve seu início, quase todos os generais estavam apegados as doutrinas novecentistas não computando em seus cálculos os terríveis efeitos da METRALHADORA e da ARTILHARIA PESADA. Esses dois instrumentos tornaram inviáveis os deslocamentos desprotegidos dos bombardeios de GÁS DE MOSTARDA, empregados pela primeira vez pelos alemães em 22 de abril de 1915, assim como do LANÇA-CHAMAS, da AVIAÇÃO e do TANQUE DE GUERRA (utilizado pelos ingleses como arma tática de apoio a infantaria).
O recuo alemão para regiões mais afastadas de Paris combinou com o surgimento das trincheiras - "os soldados se enterraram para poder sobreviver". No inverno de 1914/5 760 quilômetros delas haviam sido escavados, partindo do canal da mancha até a fronteira suíça. Em alguns pontos, distanciavam-se apenas de 200,300 metros uma da outra, em outros chegavam a quatorze km. Durante os quatro anos seguintes, milhões de homens iriam viver como feras atormentadas pela fome, frio e pelo terror dos bombardeios. Em todas as batalhas que se sucederam, as linhas não se alteraram mais do que 18 quilômetros. Nunca em toda a história militar da humanidade tantos pereceram por tão pouco.

Testemunhos
Dificilmente as palavras conseguem reproduzir todo o horror de uma guerra, mesmo assim recolheu-se material daqueles que puderam deixar seu testemunho em forma de cartas, diários, memórias ou livros (...)
A guerra de desgaste e o bloqueio naval
No ano de 1915, os franceses (na Champanha) e os ingleses (em Ypres) tentam inutilmente romper as linhas alemãs. A guerra havia chegado a um impasse, pois ambos os lados eram suficientemente fortes para não serem derrotados. Devido as características da guerra de trincheiras, o elemento tático que um ataque de surpresa proporciona, tornou-se inoperante. A necessidade de concentrar fogo de artilharia durante dias inteiros para poder abalar as primeiras linhas do inimigo, alertava este da iminência do ataque. Deslocava então suas forças para a região ameaçada e terminava por deter a ofensiva. No primeiro semestre de 1916 (21 de fevereiro/21 de julho) foi a vez dos alemães tentarem romper com as fortificações francesas em torno de Verdun.
As frentes secundárias (...)
O fim da guerra
A Revolução de março de 1917, foi o sinal de alerta para as classes dirigentes européias apressarem o término da matança. Neste mesmo ano eclodiram vários motins no exército francês seno sufocados pelo Gen. Petain. Na Alemanha eclodem motins na esquadra em Kiel. O recrudescimento dos protestos e greves contra os regimes vigentes poderiam evoluir rapidamente para a Revolução. O desejo de uma paz imediata contaminou a todos.
Os "14 Pontos do Presidente Wilson"
Em mensagem enviada ao Congresso americano em 8 de janeiro de 1918, o Presidente Wilson sumariou sua plataforma para a Paz que concebia:
1) "acordos públicos, negociados publicamente", ou seja a abolição da diplomacia secreta;
2) liberdade dos mares;
3) eliminação das barriras econômicas entre as nações;
4) limitação dos armamentos nacionais "ao nível mínimo compatível com a segurança";
5) ajuste imparcial das pretensões coloniais, tendo em vista os interesses dos povos atingidos por elas;
6) evacuação da Rússia;
7) restauração da independência da Bélgica;
8) restituição da Alsácia e da Lorena à França;
9) reajustamento das fronteiras italianas, "seguindo linhas divisórias de nacionalidade claramente reconhecíveis";
10) desenvolvimento autônomo dos povos da Áutria-Hungria;
11) restauração da Romênia, da Sérvia e do Montenegro, com acesso ao mar para Sérvia;
12) desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia, sendo os estreitos que ligam o Mar Negro ao Mediterrâneo "abertos permanentemente";
13) uma Polônia independente, "habitada por populações indiscutivelmente polonesas" e com acesso para o mar;
14) uma Liga das Nações, órgão internacional que evitaria novos conflitos atuando como árbitro nas contendas entre os países. Os "14 pontos" não previam nenhuma séria sanção para com os derrotados, abraçando a idéia de uma Paz "sem vencedores nem vencidos". No terreno prático, poucas propostas de Wilson foram aplicadas, pois o desejo de uma "vendetta" por parte da Inglaterra e principalmente da França prevaleceram sobre as intenções americanas.

O Armistício
Em março de 1918, os alemães tentaram um último e desesperado esforço para romper a linha dos aliados antes que a presença das tropas americanas tornassem inviável a vitória. Mas a Alemanha já se encontrava exangue. Os quatro anos de guerra haviam-lhe retirado a flor da juventude masculina enquanto a população civil encontrava-se atormentada pela fome e inanição - resultado do bloqueio naval aliado. Em julho de 1918, ingleses, franceses e americano desferem sucessivos golpes sobre as divisões alemãs as obrigando a recuar até a fronteira belga. O Alto-Comando alemão - Hindemburg e Ludendorf aconselham o governo a solicitar um armistício. Em Berlim e demais cidades, multidões realizam manifestações contra o Kaiser, que em 10 de novembro embarca para seu exílio holandês. A velha monarquia dos Hoenzollers deixou de existir, sendo substituída pela República de Neimar. No dia seguinte, 11 de novembro, dois delegados republicanos encontram-se na FLORESTA DE COMPIÈGNE com o Marechal Foch e assinam os documentos que punham termo oficialmente à guerra. O massacre e destruição tinham finalmente chegado ao fim, mas o Velho Mundo nunca mais se recuperou.

1ª Guerra Mundial

Foi uma das conseqüências do neocolonialismo.
Rivalidades econômicas: Alemanha x Inglaterra
Disputas coloniais: Inglaterra x Alemanha
Disputas pelo controle dos Bálcãs: Áustria x RússialRevanchismo francês: França x Alemanha


ALIANÇAS MILITARES:
- Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria, Itália. - Tríplice Entente: Inglaterra, França, Rússia.

RESULTADOS
- Assinatura do Tratado de Versalhes.
- Criação da Liga das Nações.
- Crescimento Econômico dos EUA e Japão.

Um período que mudou o rumo da história para sempre


Produção bélica em massa, avanços tecnológicos e submissão a ocidentalização. Tais fatores, característicos da Era do Capital (1848-1875), marcaram profundamente o rumo da história, em uma época em que o poder bélico, conjuntamente com a tecnologia e a prosperidade econômica, era fatores que dispunham à nação desenvolvida, a alternativa de explorar uniões e civilizações fracas e suscetíveis a exploração econômica. Ato mais conhecido como Imperialismo Neo Colonialista do século XIX.
Dentre as nações que não se empenharam a adotar rapidamente a economia capitalista em meados do século XIX, não participaram da corrida Neo-Colonial. Inglaterra, Holanda e França, que tinham um setor secundário forte, com um dinamismo econômico em crescimento, o qual mercadorias possuíam demanda enriquecendo o liberal independente, dispuseram de diversas alternativas de aumentar o seu comércio e iniciar a "expansão e dominação das nações que não conheciam a civilização e o bem- estar social capitalista".
Tais uniões e continentes eram nada menos do que a tribal África e a região Asiática, países que ainda possuíam uma economia basicamente agrária, atrasada e com pouca importância econômica mundial. Para os europeus, a desculpa formal era de que "o não-branco devia conhecer a civilização e sair do estágio tribal". Tal ocasião pode ser mais bem explicada pelas palavras de J.W. Kaye :" o mundo de deus não dá autoridade para a moderna ternura pela vida humana. é necessário que em todas as terras orientais se estabeleça o medo e o terror ao governo. então, e apenas então, seus benefícios seção apreciados."
Tal ideologia de supremacia da civilização branca sobre a não-branca era o forte no período em questão: O Positivismo de Comte e Durkheim propunham a sociedade perfeita, onde o mais forte deveria prevalecer sobre o mais fraco, onde a sociedade funcionava como um organismo biológico. O Darwinismo social contribuiu para tais questões, a certo ponto que questões nacionalistas começaram a surgir e intercalar tais ideologias, surgindo numa nova ideologia política de extrema-direita, contra a esquerda utópica, o não-europeu ou não-nacional, xenofobia, anti-semitismo e culto ao líder. Tais ideologias foram usurpadas ao longo do século XX pelo Fascismo e Nazismo.
Evidente que a parte ideológica não seria a força motriz que levaria tais nações a explorar o oriente a custo de nada, mas sim para aumentar o mercado consumidor , criação de novos mercados e dominação econômica do setor primário. Dentre esses exemplos, houve os perdedores e os vencedores. Entre os primeiros deixaremos de lado o continente Africano e exemplificaremos a questão da Índia.
O País milenar em meados do século XIX era essencialmente agrário, com um setor secundário e industrial praticamente inexistente. Uma sociedade de castas, segregando os pobres dos ricos, onde a verticalização era notável. Para o Reino Unido, não fora complicado explorar o país com ameaças militares de intervenção. Com a invasão dos britânicos, o país praticamente viu-se subordinado à economia britânica em poucos anos. A Pobreza e a fome em diversas regiões aumentou drasticamente, estando a produção têxtil, força produtiva do país inteiro, subordinado aos ingleses. Somente em 1947, um homem, sem levantar uma arma se quer, conseguiu independênica do país. Seu nome era Ghandi. Além mar, Egito, China e a antiga Indochina não escaparam do Imperialismo.
Resultado da "perfeição ideológica" do branco sobre o não branco. Famintos hindus de Madras (Séc XIX)
Tais uniões sofreram uma dependência econômica brutal dos ocidentais devido a exploração dos mesmos e pelo desconhecimento de cobranças de taxas de juros por empréstimos. No final do século XIX, tais nações viram-se obrigadas a adotar o Industrialismo como forma de arrebatar suas dívidas externas , assim como adotar partes da cultura européia no dia-a-dia. Era adotar ou adotar.
entre os vencedores, destacaremos dois Exemplos: Japão e EUA.
O País nipônico é praticamente a exceção da Asia. A nação japonesa era inteiramente feudal até o século XIX, fechada ao mundo externo e detinha uma cultura preservada e intocada a séculos. Porém, tal situação mudou com a ameaça norte-americana de bombardear os portos japoneses caso o país não abrisse sua economia. A ocasião defrontou-se com uma crise política no país, a qual debateu-se que rumo o país deveria tomar quanto a sua parte socio-econômica. O Imperador decidira que a Indústria deveria ser estabelecida, destituindo-se as relações feudais e o Shogunato. O Sucesso japonês quanto a prosperidade econômica deu-se inteiramente a disciplina e cultura japonesa de obediência , paciência quanto ao trabalho. O Imperador, portanto, era visto como uma verdadeira entidade mítica, que trouxe maior prosperidade ao país. Os EUA de certa forma teve o que chamamos de "exemplo do progresso capitalista". Em 1776 foi o primeiro ´país do mundo a adotar um regime republicano aos moldes iluministas. Adotou a política de livre comércio, onde o indíviduo , com seu trabalho, poderia chegar onde quisesse. Acabara de sair, em 1860 de uma guerra civil, a qual trouxe a vitória do Norte Industrial sobre o Sul escravista. A prosperidade do país possibilitou a expansão territorial e a busca de novos mercados na Ásia, a qual iniciou pelo Japão. De certa maneira, os EUA adotaram a proliferação da "democracia pelo mundo" nesse período, tendo maior ênfase em 1930, e 1950-2008. (Guerra Fria, exploração do Oriente Médio).Dentre vencedores e perdedores, algo de podre surgia em fins do século XIX que ocasionou um dos piores conflitos bélicos existentes para a época. 80% da Terra estava dominada pelos ocidentais e cada vez mais, países corriam para aumentar sua produtividade Industrial e, consequentemente, seu arsenal bélico. Questões nacionalistas, como a Unificação da Itália, Alemanha e Península Balcânia insurgiam , estando a ultima a ponto de querer declarar guerra as potências européias caso os países eslvaos não conseguissem independência teritorial do julgo Austríaco*. em 1914, o arquiduque Ferdinando fora morto em plena rua na Sérvia. Tal assassinato fora o estopim para que países de toda a Europa se confrontassem em um jogo de alianças estabelecidos no século XIX, começava algo jamais vista, a guerra total, a 1ª guerra mundial.
*( A Austria detinha domínios no sul da Itália e praticamente parte da península balcânica. Tais regiões estabelecidas no Congresso de Viena em 1815, após a restituição de terras perdidas na Era Napoleônica)

(Roberto Carnier)

O imperialismo do século XIX

(França, Alemanha, Rússia, Inglaterra e Japão decidem como irão repartir a China - Século XIX)

Expansão da Revolução Industrial, consolidando o capitalismo. Inovações tecnológicas: petróleo, eletricidade e o aço aposentaram o carvão, o vapor e o ferro.
O avanço passou a exigir maiores quantidades de matérias-primas e uma quantidade cada vez maior de mercados consumidores.
Também chamada de neocolonialismo, o imperialismo europeu do século XIX foi uma espécie de corrida das potências industrializadas da Europa, em direção à África e Ásia, buscando:
- novos mercados consumidores para manter o crescimento da produção.
- novas áreas fornecedoras de matéria-prima, já escassa na Europa.
- novas áreas de investimento para capitais excedentes e para fixação de excedentes populacionais.

Congresso de Viena

O objetivo era restabelecer o equilíbrio político do continente europeu.
- Ideologicamente, o Congresso de Viena estabeleceu o Princípio da Legitimidade, que definia que as antigas casas monárquicas deveriam ser restauradas, começando pela própria França, e as antigas fronteiras deveriam ser respeitadas, uma vez que Napoleão tinha mexido em todas
.

Período Napoleônico

Não deve ser visto como parte da Revolução Francesa, mas sim conseqüência direta dela.
Momento de triunfo e consolidação da burguesia no poder.
Napoleão sepultou as duas ameaças que ainda pairavam sobre a burguesia: a reação absolutista e o radicalismo jacobino.


O período Napoleônico (1799-1815)

é dividido em três fases: Consulado, Império e Governo dos Cem dias. Áustria, Rússia e Prússia, foram sucessivamente derrotadas por Napoleão.

O Consulado
inicia com o Golpe de 18 de Brumário.Durante o Império, Napoleão tenta conquistar a Inglaterra, militarmente. Não conseguiu.Decretação do Bloqueio Continental.
A corte portuguesa, protegida pela marinha inglesa, foge para o Brasil.
A Rússia, que resolveu romper o bloqueio, foi invadida por Napoleão. Puro desastre. O inverno russo praticamente derrotou Napoleão.
Derrotado, Napoleão foi exilado na Ilha de Elba. Fugiu de Elba e voltou à França, iniciando o Governo dos Cem Dias. Derrotado em Waterloo, na Bélgica, foi exilado na Ilha de Santa Helena, onde morreu, em 1821.