domingo, 6 de setembro de 2009

Africa: o berço da humanidade

ÁFRICA : o Continente Esquecido
O continente africano localiza-se a leste da América do Sul e ao sul da Europa. É o terceiro maior continente da Terra, com 30.330.000 de km2.
Localização da África.
Fonte: Wikipedia
Antes da ocupação dos europeus, a África era habitada por povos com diferentes formas de organização política e social.
Os primeiros europeus que chegaram à África foram os portugueses e sua primeira expedição levou escravos para a Europa, em 1441. Apesar de não ter como objetivo principal a captura de escravos, capturou 10 negros africanos.
A partir daí a exploração do continente africano foi uma constante através da história. Durante séculos, a população africana foi capturada, forçada a deixar sua terra e submetida à escravidão. Após a abolição da escravatura nos diversos países do Ocidente, a África passou por outro fenômeno, igualmente perverso: o imperialismo.
No século XIX, a Europa passou pela Segunda Revolução Industrial. Seguindo o exemplo da Inglaterra, que havia feito a Revolução Industrial no século XVIII, diversos países da Europa modificam sua estrutura produtiva, trocando o trabalho artesanal pelo manufaturado. Mas a industrialização requeria investimentos, além de matéria prima e mão de obra. À medida que Itália, Alemanha, França, Portugal, Espanha e os demais países se industrializam, esses recursos são cada vez mais escassos. Assim, buscando uma saída para este impasse, a Europa volta-se para os países da Ásia e da África, iniciando a chamada corrida imperialista.
O imperialismo ou neo-colonialismo pode ser caracterizado como o domínio que alguns países europeus, mais desenvolvidos, exerceram sobre os países asiáticos e africanos que ainda não haviam iniciado o processo industrial. O resultado do imperialismo foi desastroso. Para a Europa, mergulhou o continente na Primeira Guerra Mundial, já que em pouco tempo, o mundo ficou pequeno para a expansão industrial. Para as novas colônias, o imperialismo aumentou o subdesenvolvimento, gerou diversas revoltas internas e pode ser considerado um importante fator para entendermos a pobreza e miséria em que o continente africano permanece.
A descolonização da África realizou-se no século XX, mas os países capitalistas não abandonaram a exploração do continente, rico em minério e recursos. Além de estar submetida economicamente, a África possui diversas etnias, idiomas e interesses diferenciados, o que torna difícil pensar em uma unidade. Desde a descolonização, a instabilidade política nos países africanos é constante, assim como os conflitos civis e as longas ditaduras. Fraudes eleitorais como a ocorrida em 2008 no Zimbábue e massacres étnicos como o de Ruanda, em 1994, não são, infelizmente, fatos isolados. Ao contrário, fazem parte constante da história de um continente que o mundo insiste em ignorar. A parte mais pobre do planeta, a África Subsaariana concentra o maior número de infectados pelo vírus da AIDS, além de 90% dos casos de malária no mundo. Apesar das atenções voltadas para o continente africano nos últimos dez anos, ainda não existem políticas internacionais sistemáticas de apoio ao continente, apesar dos esforços de órgãos como a Unesco. Os conflitos civis geram um enorme número de refugiados que atravessa as fronteiras fugindo da guerra.
Em meio a esse panorama desolador, surge o exemplo benéfico do desenvolvimento da África do Sul. Este país, que durante boa parte de sua história esteve sob o regime do Apartheid, que segregava brancos e negros, conseguiu tornar-se um dos países com o maior desenvolvimento no continente africano. A experiência sul-africana mostra que há soluções possíveis para os problemas continentais e que a África pode desenvolver-se e livrar-se da exploração a que foi sempre submetida.
(conexaosesi)

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